Feira estimula a contratação legal de Jovens Aprendizes


Categoria Economia
Publicado em 08/06/2017




A inserção de jovens de 14 e 24 anos no mercado de trabalho é encarada pelas empresas e sociedade civil apenas como o cumprimento de uma legislação. E para mudar essa percepção e proporcionar o primeiro emprego, o Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil de Santa Catarina (Fetisc) e o Fórum Catarinense de Aprendizagem Profissional (Focap) idealizaram a realização de uma Feira de Aprendizagem realizada em seis municípios de Santa Catarina com o objetivo de mostrar aos empresários as oportunidades da aprendizagem profissional.


Em Lages, o evento ocorreu na terça-feira (06), no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e proporcionou discussões sobre o tema por meio de painéis e apresentações de projetos desenvolvidos por empresas da região e que se transformaram em cases de sucesso.


Um exemplo é a Flex Contact Center, que conta com 12 mil funcionários, dos quais, dois mil apenas em Lages. A superintendente administrativa de recursos humanos da empresa, Luciana Ávila Leite, conta que em 2013, por orientação do Ministério do Trabalho, a empresa desenvolveu um projeto para cumprir a lei que obriga empresas de médio e grande porte a contratar menores aprendizes.


No primeiro ano, a empresa não conseguiu a adesão desejada dos jovens, mas conseguiu cumprir as metas estabelecidas. No ano seguinte, após reavaliar e ver onde estava errando, Luciana e sua equipe readequaram o projeto. Atualmente, a Flex possui 89 jovens aprendizes. Em três anos, já passaram pela organização 209 jovens, dos quais, 16 estão efetivados.


“Nós adaptamos o jovem à realidade da empresa e criamos um ambiente adequado só para ele. Dedicamos um supervisor para trabalhar com esse profissional, desenvolvemos cordões, crachás, squezes e testeiras exclusivas para o jovem aprendiz. Deu certo, eles estão felizes e aprendendo na nossa empresa”.



Contratação gera desenvolvimento econômico para a sociedade



Durante o painel “Talentos e possibilidades: o desenvolvimento do aprendiz na produtividade da empresa”, o assessor jurídico do escritório Fontes e Philippi Advogados, Luis Fernando Calegari, destacou vantagens para as empresas ao contratar jovens aprendizes. A mais importante é o fato de o jovem de hoje ser o profissional de amanhã.


O palestrante destacou ainda o papel social desempenhado pelas organizações ao cumprir o que obriga a legislação, cujo objetivo é dar oportunidade ao jovem e combater o trabalho infantil irregular.

“Esse jovem, quando ingressa no mercado de trabalho, representa desenvolvimento econômico para a sociedade. A partir do momento que a empresa o contrata, ela cria um nicho de consumidor que passa a dispor de renda própria e contribuir para a economia”.



Em Santa Catarina, 86 mil jovens estão em situação de trabalho irregular



A Constituição Federal e todos os estatutos relacionados dizem que o jovem tem direito ao trabalho. Mas para o auditor fiscal do trabalho e coordenador de aprendizagem em Santa Catarina, Alberto Souza, é preciso ver a legislação com outros olhos. A oportunidade de aprendizado desses jovens não nasce na legislação, mas na demanda das empresas de ter novos trabalhadores treinados e capacitados. “Não é apenas o cumprimento de uma cota, mas uma devolutiva social que agrega para a empresa em produtividade e oportunidade de contratação”.

Fonte: Catarinas



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