Kiko Goulart um dos emblemas da Festa Nacional do Pinhão


Categoria Festa do Pinhão
Publicado em 15/06/2017




O artista nativista nasceu em Lages e tem 33 anos. Carrega sucesso e reconhecimento a cada edição das Sapecadas


Uma das personalidades mais esperadas em cada edição da Sapecada da Canção Nativa é Kiko Goulart, considerado um artista completo, com essência em voz, musicalidade e expressão de domínio em cima dos palcos. E as expectativas se repetiram em 2017, especialmente na grande final da Sapecada nacional, na noite de terça-feira (13). O nativista se apresenta há mais de 15 anos no festival, se criou no espaço tradicionalista e se diz à vontade entre os amigos do ramo mesmo antes de pisar no palco, ainda nos bastidores.

Desta vez, Kiko defendeu, como intérprete, a música intitulada “Moça”, de sua autoria em letra e melodia, obra classificada para a Sapecada nacional vinda da Sapecada da Serra Catarinense. Ainda nesta edição Kiko fez parceria com Xirú Antunes, poeta de Pelotas, e gerou a música “Rancho de Barro”, além de “Cantilena”, parceria com um amigo de Vacaria. Kiko entoou mais estas duas canções. “Rancho de Barro”, em ritmo canção, ganhou como “Melhor Melodia” e teve como intérprete o grupo do qual Kiko faz parte, Quarteto Coração de Potro.

A mesma música consagrou Juan Losano Carrera como “Melhor Instrumentista”, com a quenna, instrumento musical de sopro, da família das flautas. É feita de bambu, madeira ou até mesmo acrílico e executada através do sopro em uma reentrância em sua extremidade superior. É originária da América Latina e representa um papel central na música do Peru e demais países andinos. Tranquilo e sereno, porém discretamente ansioso, Kiko cumprimentou amigos no camarim e deixou nítido nos bastidores o seu afeto pelas amizades de longa e curta data no meio nativista, e a boa relação com outros artistas.


O começo e os troféus


Sua avó ensinou seu pai a tocar gaita, que por sua vez tocava em bailes. “Peguei gosto pela música gaúcha através dele. Mas com certeza o que me puxou pra música nativista foi a Sapecada. Eu já contei que eu passava por aqui quando tinha Festa do Pinhão e uma vez eu vi o João de Almeida Neto passando o som da Sapecada e eu nem sabia o que era. Eu me encantei pela música do João, a ‘Milonga da Coragem’, 1º lugar no festival em 1994.”

Conforme o músico, depois do fato se sentiu atraído a voltar-se ao festival e estar no palco. Foi quando tudo deslanchou. “Tenho alguns prêmios. Já ganhei como ‘Mais Popular’ com uma canção minha, ‘Eu Guitarreiro’, bem como 2º e 3º lugares. Venci algumas vezes como instrumentista na Sapecada da Serra. Eu me esforço para que eu e meus amigos possamos transmitir algo de bom para as pessoas, o amor pela nossa terra e pelas coisas do campo. Tentamos resgatar muita coisa que está perdida.”

Outra composição de destaque e que rendeu premiações foi "Moça", uma milonga com letra e melodia de Kiko Goulart, ficou em segundo lugar na Sapecada da Serra este ano e também venceu como Melhor Conjunto Vocal, com interpretação do Quarteto Coração de Potro.


Villagran e a relação de confiança e cumplicidade

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Rogério Villagran, natural de São Gabriel (RS), é um dos grandes parceiros de Kiko Goulart. “A união dá certo e é agradável por ele ser um grande cara, pela sua percepção musical, pela pessoa, simplicidade, humildade e dedicação à música.” Em 2017, na Sapecada de âmbito nacional, Villagran firmou parceria com André Teixeira para o chamamé “Lá D’Onde Venho”, 2º lugar na Sapecada deste ano, e outra, com letra e melodia de sua própria autoria, denominada “Maliciosa”, um rasguido.

Villagran estreou na Sapecada em 1998, depois participou em 2002. Após este período acredita ter ficado de fora somente por três anos. De premiações, coleciona um 1º, 2º e 3º lugares, “Melhor Tema Campeiro”, “Melhor Tema da Região Serrana” e “Melhor Letra” (esta na Regional, quando foi a primeira vez que o Kiko tocou uma música composta por ele - letra e melodia). Acumula, ainda, vitórias em Sapecadas regionais. “Morei sete anos em Lages. Vim em 2001 pra cá.”


O inesquecível último tirão


Aos 33 anos, o lageano Kiko Goulart foi ovacionado em 2016 quando venceu como Melhor Intérprete da 24ª Sapecada da Canção Nativa, durante a Festa Nacional do Pinhão, estando à frente da canção “Algo D’Antes”, que ficou em 2º lugar na competição. Mas teve sua fama um pouco mais expandida devido ao sucesso da música “O Último Tirão”, a grande vencedora naquela época, escrita por Rogério Villagran, com melodia de Kiko. “Pela ‘O Último Tirão’ me sinto honrado e muito feliz em fazer parte deste festival tão importante para a cultura gaúcha. Foi algo muito importante para mim, minha família e amigos, enfim, para a música de Lages.”

Kiko Goulart ainda conquistou o 2º lugar interpretando a milonga “Algo D’Antes”, com música de sua própria autoria e letra de Rafael Machado, de São Gonzaga (RS). Também venceu como melhor arranjo e melhor melodia com o “O Último Tirão”.


O Quarteto - “Meu Tempo, Meu Canto”


Kiko Goulart compõe o grupo Quarteto Coração de Potro, que fez apresentação durante o intervalo para premiação dos vencedores da Sapecada na terça-feira, no Palco Nativista. O Quarteto é formado por Kiko Goulart, Vitor Amorim, Ricardo Bergha e Maicon Oliveira. O grupo lançou seu terceiro disco recentemente, intitulado “Meu Tempo, Meu Canto”. O CD possui 15 faixas. “Demorou para sair, mas a gente conseguiu terminar este ano. Estamos lançando na Festa, chegou na sexta passada. Com o Quarteto estamos há quase dez anos juntos. É uma família, somos irmãos. Nos damos muito bem. Volta e meia a gente briga, mas é coisa de irmão. Estamos felizes por tudo que tem acontecido na nossa carreira”, confessa Kiko. Os próximos shows do grupo serão em Curitiba (PR), dia 23 de junho, com Pulperiando Gauchão Regalos, e dia 24 deste mês, em Tijucas do Sul (PR), no Pulperiando Itinerante - Rancho Fundo, ambos com Leonel Gomez.

Fonte: Prefeitura de Lages



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