Rachaduras e infiltrações são problemas sérios e podem trazer inúmeros prejuízos para as pessoas. E não só isso, alguns problemas de ordem estrutural das construções não são perceptíveis a olho nu. Só um profissional capacitado, com conhecimento técnico e ferramentas adequadas consegue identificar e avaliar o grau do problema.
O Sindicato da Construção Civil de Lages (Sinduscon), filiado à Fiesc, alerta a população para os cuidados e promove a qualificação periódica do profissionais do setor, filiados à entidade. O vice-presidente da entidade, engenheiro Fabiano Ventura dos Santos, destaca que os cursos de graduação de engenharia e arquitetura ensinam os profissionais a dimensionarem as áreas as serem construídas, porém, muitas vezes, as soluções para os problemas das estruturas não são trabalhadas em sala de aula.
O sindicato procura oferecer capacitações baseadas em situações que os profissionais encontram na atividade diária. Um deles, a recuperação e o reforço das construções. “A ideia é capacitar os engenheiros civis e arquitetos que atuam nas indústrias para que saibam quais materiais e recursos utilizar em situações como essas, que fazem parte do cotidiano dos profissionais”.
A solução está na prevenção
Como em qualquer outra área prevenir é o caminho para garantir a segurança nos imóveis residenciais e comerciais. O especialista em patologias em obras civis, o engenheiro civil Gilberto Luiz, destaca que os donos de imóveis devem consultar periodicamente um profissional e realizar uma análise da edificação de forma a identificar a origem do problema e apresentar as soluções. “O ideal é entre dois e cinco anos, mas ocorrem casos em que a verificação deve ser feita anualmente, como em locais que ocorrem infiltrações, gotejamentos, rachaduras e manchas.
Infiltrações, fissuras e deformações e a queda de revestimentos, são os problemas que mais oferecem riscos. “O que traz maior prejuízo é o grupo das infiltrações. Elas causam problemas na utilização da estrutura e reduzem a qualidade de vida dos moradores do local”, afirma o profissional.
As fissuras, por exemplo, mostram um comportamento inadequado da estrutura e, eventualmente, ocasionam uma ruptura. Em situações piores, o desabamento. Por último e não menos importante, está a queda de revestimentos de fachadas. “Essa situação traz riscos frequentes para a população que transita diariamente próximo dessas estruturas. Uma pessoa atingida por parte desse objeto caído do terceiro ou quarto andar, recebe uma energia semelhante ao de uma arma de fogo”, finaliza.
