No bairro Boqueirão, na altura próxima à rodovia BR-282, um pinheiro da espécie pinus elliottii caiu
O temporal da madrugada desta quarta-feira (9), acompanhado de fortes ventos, provocou, além de destelhamentos em residências nos bairro Caroba e Santa Cândida, quedas de árvores em alguns pontos. Em uma estrada de terra no Caroba, caminho para chácaras e sítios, acessada pela rua de asfalto Cassemiro Antunes Cevey, uma árvore de eucalipto com aproximadamente 30 anos de existência, caiu de uma ponta à outra da via, bloqueando a passagem de veículos.
Funcionários da chácara de Luiz Parizotto atuam desde cedo com motosserras para o corte de galhos da tora de alta espessura. Segundo a Defesa Civil, um trator particular fará a retirada da madeira, que pertence ao empresário. Ao lado, operários da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos, e da Defesa Civil, ajudam a desgalhar a árvore, que invadiu o espaço da chácara Santa Mônica.
No bairro Boqueirão, na altura próxima à rodovia BR-282, um pinheiro da espécie pinus elliottii caiu, obstruindo a estrada, mas a situação já foi resolvida e o fluxo normalizado; a retirada foi feita por funcionários da Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos. Na rua Evilasio Rodrigues de Athayde, no Caroba, profissionais da Prefeitura de Lages cortaram árvores que caíram sobre residências.
O agente da Defesa Civil, Marcelo Airton de Oliveira, comenta que desde manhã a entidade realiza monitoramentos nas áreas de risco da rua Maria Otília Amaral, no bairro Santo Antonio, e das ruas João Lemos Machado e João Odilo Madruga, no Morro Grande, onde há riscos de deslizamento de terra, mas não foram registradas quedas de encostas ou barrancos.
Família recebe 40 telhas
O morador Domingos Varela, 63 anos, está desempregado e mora na rua Caqui. Ele e a esposa Elza, 60 anos, dormiam quando o temporal começou. Ele está recebendo 40 telhas da Defesa Civil municipal, feitas de fibrocimento, com espessura de quatro milímetros. “O vento ‘trouxe’ as telhas de trás pra frente, arrancou um pedaço de madeira que estava pregado na cobertura e jogou ‘lá’ na frente, além de arrancar também o cavalete do relógio de luz. Arrebentou a caixa d’água e a de esgoto, e carregou fios elétricos. Foi horrível. Molhou cômodos e estragou objetos, inclusive a cama box que nem terminamos de pagar”, lamenta Domingos.
O vigilante Juscelino Waltrick, 52 anos, também residente na rua do Caqui, estava trabalhando quando tudo aconteceu. “Em casa estavam minha esposa e meu filho, de 14 anos. As telhas quebraram e entrou água na cozinha”, relata o morador, que recebeu oito peças de telhas.
